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Bitcoin e Ethereum: entenda as diferenças!

Bitcoin e Ethereum: entenda as diferenças!

Bitcoin e Ethereum: entenda as diferenças!

Mitie Okabayashi
Global Content Strategist
23/9/22

Quando falamos em criptomoedas, é natural pensarmos nas duas mais valiosas e, consequentemente, mais conhecidas: Bitcoin e Ethereum.

Apesar de hoje elas terem o maior valor de mercado, tanto em seu objetivo de criação como em seu funcionamento, elas se distinguem bastante.

Para quem deseja investir no setor de criptomoedas, entender melhor sobre esses ativos, suas diferenças, proximidades, vantagens e desvantagens, é essencial para uma escolha mais acertada.

Quer entender melhor sobre Bitcoin e Ethereum? Siga a leitura!

Entendendo o Bitcoin

O Bitcoin é a maior criptomoeda em termos de valor de mercado atualmente. Ela foi criada em 2008 por Satoshi Nakamoto e foi a pioneira nesse universo.

Sua tecnologia revolucionária, chamada de Blockchain, está ajudando a inovar em diferentes setores e não apenas no que se relaciona às moedas digitais.

A Blockchain é uma tecnologia na qual ficam registradas todas as transações realizadas com Bitcoin, é como se fosse um grande livro-caixa.

A diferença para as tecnologias padrões é que esses registros são incluídos em cadeias de blocos e para que cada transação seja efetuada os nós da rede (formada por diversos computadores conectados) precisam aprovar a transação, registrando o bloco novo na cadeia.

Esses nós não se conhecem e cada um guarda o registro consigo. As informações inseridas na Blockchain são todas criptografadas.

Tudo isso oferece um nível de segurança muito maior. Afinal, para conseguir invadir a Blockchain, é preciso ter acesso a todos os nós da rede, o que é, praticamente, impossível.

Entendendo o Ethereum

O Ethereum surgiu a partir da criação de 8 pessoas, em 2013. Embora a plataforma também incorpore a tecnologia Blockchain, seus usos são bem diferentes.

O principal componente do Ethereum são os contratos inteligentes, por isso o Ethereum não é uma criptomoeda, mas uma plataforma de programação – embora também tenha uma criptomoeda própria, o Ether.

Os contratos inteligentes são responsáveis por facilitar, verificar e colocar em prática, de forma digital e autônoma, os termos pré-definidos de um contrato.

Isso só é possível graças às características da Blockchain, que são: segurança, imutabilidade e transparência.

Por exemplo, caso você deseje comprar uma casa. Toda a transação pode ser feita por meio do contrato inteligente. Basta dispor os termos do contrato e vinculá-lo ao pagamento com criptomoedas, no caso em Ether.

Quem fará a análise das condições do contrato e verá se todas as cláusulas foram cumpridas é um código de computador.

Se estiver tudo ok, ele libera o dinheiro do comprador para o vendedor, trazendo mais agilidade e segurança.

Assim, a principal característica de um contrato inteligente é que ele possui uma execução que não depende da confiança entre as partes.

Ou seja, não é necessário depender de terceiros para executar as condições – tudo é feito por meio de códigos.

Embora na blockchain do Bitcoin também seja possível realizar contratos inteligentes (mas seja menos usual), a diferença é que a plataforma Ethereum utiliza uma linguagem chamada Solidity, que permite contratos mais complicados – que podem ser mais difíceis da máquina analisar.

É por isso que muitas pessoas consideram a plataforma Ethereum mais ampla que o Bitcoin, já que seus usos vão muito além da criptomoeda, permitindo a criação de contratos inteligentes para diferentes áreas e aplicações.

O fato de ser mais ampla, a plataforma Ethereum, pode ser bastante revolucionária, permitindo a criação de contratos sem a necessidade de cartórios e outras burocracias, podendo fazer diversas transações com segurança pela internet (até com pessoas desconhecidas ou de outros países).

De uma forma geral, os contratos inteligentes da Ethereum podem:

  • funcionar como contas de múltiplas assinaturas, de modo que um determinado fundo, por exemplo, possa ser gasto apenas se determinada quantidade de pessoas concordarem;
  • gerenciar acordos entre usuários, por exemplo no caso da venda de um seguro;
  • fornecer utilidade para outros contratos;
  • armazenar as informações de um aplicativo, como as informações de registro de domínio ou dos registros dos usuários.

Além dos contratos inteligentes, a plataforma Ethereum permite a programação de aplicativos descentralizados, transações da criptomoeda Ether e vários tokens.

Bitcoin e Ethereum: principais diferenças

Bitcoin e Ethereum são diferentes já na proposta inicial de surgimento de cada um deles. O Bitcoin foi criado com o objetivo de ser uma moeda digital, enquanto a missão do Ethereum era se tornar uma espécie de supercomputador descentralizado.

É por isso que eles usam dois blockchains bastante diferentes. A Ethereum, na verdade, é uma plataforma tecnológica fundada em Blockchain e a alimentação desse sistema é realizada pela criptomoeda Ether (que, em pouco tempo, se transformou na segunda principal criptomoeda do mundo).

Ambas as moedas, tanto o Bitcoin como o Ether, foram criadas a partir de um programa complexo que consegue criptografar os dados das transações e proteger as transações e os valores investidos contra ataques de hackers.

Porém, há diferenças significativas no funcionamento de cada uma delas. Vamos ver em detalhes.

Objetivos

Como você viu nos nossos tópicos anteriores, a primeira diferença central entre Bitcoin e Ethereum está nos objetivos de cada um.

O Bitcoin foi criado para ser uma moeda digital descentralizada, enquanto o Ethereum é uma plataforma de contratos inteligentes e de programação de aplicativos descentralizados – que também conta com uma moeda própria, o Ether.

Como o Ethereum também utiliza a tecnologia da Blockchain, muitos o consideram uma espécie de “evolução” do Bitcoin.

Tempo de transação

Outro ponto que distingue as moedas é o tempo de transação. Enquanto com o Bitcoin, esse período é, em média, 10 minutos, as transações com Ethereum levam apenas 20 segundos!

Limite máximo

Outra diferença está na concepção da ideia. O Bitcoin possui um limite máximo de 21 milhões de unidades. Quando esse número for atingido, o próprio sistema impedirá que novas moedas sejam mineradas. Por outro lado, o Ethereum não tem esse limite.

Quem adquire a moeda Ethereum tem a permissão de criar a sua própria criptomoeda ou token – uma estratégia que tem atraído cada vez mais usuários interessados, aumentando a valorização da moeda.

Projeções para o futuro

Como dissemos, o Bitcoin conta com um limite máximo de moedas, o que faz com que os usuários ainda não saibam exatamente como o ativo se comportará no futuro, quando esse valor for atingido.

O que se espera é que haja uma valorização ainda maior, considerando que ele se tornará um bem mais escasso.

Porém, como o Ethereum não tem esse limite, é mais difícil prever o que acontecerá com o criptoativo nos próximos anos e, principalmente, se ele continuará a se valorizar tanto como temos visto ultimamente.

A expectativa, contudo, é para que essa valorização crescente se mantenha, principalmente graças à velocidade de transação e aos custos mais baixos para os usuários, que devem popularizar a moeda ainda mais.

Mineração    

A mineração no Bitcoin ocorre quando um nó na rede consegue “resolver” um problema matemático que permite incluir um novo bloco na cadeia e, assim, registrar uma transação.

Dessa forma, a mineração no Bitcoin tem como objetivo:

  • registrar as informações das transações na rede;
  • garantir a segurança da rede, pois é por meio da mineração que a criptografia é implementada e verificada;
  • gerar novas criptomoedas, pois novos Bitcoins são gerados a cada bloco resolvido e essas novas criptomoedas são usadas para recompensar os mineradores.

Na plataforma Ethereum, a mineração também ocorre para incluir informações na rede, garantir a segurança e gerar novos tokens Ether. Porém, a remuneração ocorre pela prova de participação e não pela prova de trabalho.

No método da prova de trabalho, usado no Bitcoin, o dispositivo precisa provar que trabalhou para chegar ao resultado. Na prova de participação, um dos mineradores precisa provar que tem uma quantidade de moedas.

Assim, uma quantidade de moedas é reservada (e ela não pode ser movimentada). Elas ficam sendo enviadas para o mesmo endereço. O número de moedas define a participação do minerador no processo de validação da informação.

Quanto mais criptomoedas separadas para o processo, maior será a participação do minerador. Então, há uma seleção aleatória de qual minerador será eleito para validar o próximo bloco.

Outro ponto que influencia, além da quantidade de moedas, é o tempo que o usuário guarda as criptomoedas. Mas podem existir outras variáveis, dependendo do algoritmo de prova de participação.

Na prova de participação, os novos blocos não são minerados, mas forjados, o que significa que não são geradas novas criptomoedas – e os mineradores são recompensados pelas taxas transacionais pagas.

Além dessas diferenças, o tempo de mineração na Ethereum é menor. Em geral, o tempo médio de mineração de um bloco de Bitcoin é de 10 minutos, enquanto na Ethereum, o processo leva em torno de 15 segundos.

Código interno

A Ethereum usa como código interno o “Turing Completo” – um código de programação bastante versátil, permitindo as diversas aplicações da plataforma. Já o código do Bitcoin é mais simples, chamado de stack-based, com aplicações mais limitadas.

Custo da transação

Os custos na Ethereum dependem da complexidade da execução do contrato, enquanto no Bitcoin os custos variam de acordo com o espaço que a transação ocupará no bloco. Em geral, os custos na Ethereum costumam ser menores.

Conclusão

Como você viu neste conteúdo, tanto Bitcoin, como Ethereum utilizam a tecnologia da Blockchain, porém elas apresentam inúmeras diferenças. Considerado como o “ouro digital”, o Bitcoin é uma criptomoeda e nasceu voltado para essa utilidade.

Já o Ethereum é uma plataforma de programação que permite a criação de contratos inteligentes, aplicativos descentralizados e também transações com Ether (a criptomoeda relacionada à plataforma). Assim, uma das principais diferenças está no objetivo e na utilidade de cada uma dessas tecnologias.

Elas ainda contam com outros pontos distintos, como: tempo de transação, forma de mineração, número total limite de novas criptomoedas e código interno.

Apesar dessas diferenças, tanto Bitcoin quanto Ether são criptomoedas com alto valor de mercado e com grande valorização, por isso são excelentes investimentos para quem deseja montar a sua carteira de moedas digitais.

Agora que você já sabe mais sobre Bitcoin e Ethereum, que tal ajudar seus amigos? Compartilhe essas dicas nas suas redes sociais!